Reconhecem-se, actualmente, três subespécies nesta espécie sul-americana, entre as quais Ara nobilis nobilis, que se encontra no Leste da Venezuela, nas Guianas e no Norte do Brasil. As outras duas subespécies distribuem-se pelo Nordeste e Centro do Brasil, o Sudeste do Peru e o Nordeste da Bolívia. As araras-nanicas vivem em savanas dos tipos “cerrado” e “catinga”, em florestas de galeria, zonas pantanosas com palmáceas (dos géneros Mauritia ou Orbignya), em florestas secundárias e em terrenos de cultivo adjacentes a zonas florestadas.
São as mais pequenas representantes das araras. Não existe dimorfismo sexual. A plumagem tem cor predominantemente verde-viva, mas a fronte é azulada e apresentam uma mancha vermelha na parte superior da dobra das asas (“ombro”). As partes inferiores das asas e da cauda têm cor amarela. Possuem pele nua de cor branca, nas faces. O bico é preto. As patas são zigodáctilas (têm dois dedos virados para a frente e dois dedos virados para trás; em geral, as aves apresentam três dedos virados para a frente e um para trás).
Alimentam-se de sementes, flores, frutos, bagas e plantas de cultivo. Podem verificar-se movimentos dispersivos em função da disponibilidade de alimento.
Nidificam em ocos de árvores e em termiteiras arbóreas. A postura é de cerca de quatro ovos, que são incubados durante 24 dias apenas pela fêmea. As crias são altriciais (totalmente dependentes dos pais durante os primeiros tempos de vida). Os juvenis só saem do ninho depois dos dois meses de idade.